A crise econômica mundial tem levado ao extermínio da
qualidade de vida econômica dos idosos. Digo isso pois, no mundo todo número
cada vez maior de pessoas tem postergado suas aposentadorias ou voltado a
trabalhar após aposentado devido ao fato de que seus filhos, netos sofrendo com
a crise encontram-se desempregados e precisando de ajuda. Isto é uma realidade
até mesmo nos EUA. Em nosso país, o número cada vez mais crescente de
aposentados tem tido a maior parte de sua aposentadoria comprometida com empréstimos
com debito em folha.
Apesar da estimativa de vida da população ter aumentado, a
qualidade financeira tem se mostrado em direção oposta. Outro agravante é que
mais de 6% da nossa população sofre com dependência química, o que significa
que seus pais e avos no papel de co-dependentes sofrendo social, moral e emocional
e financeiramente com adicção daquelas de quem amam sem falarmos ainda de
idosas que a longa data sofre com vício das drogas ou tenham se tornado
dependentes após idade avançada.
O estatuto do idoso ainda enxerga a negligência ao idoso de
forma rudimentar ao esquecer de desenvolver políticas públicas e jurídicas para
proteger a vida financeira daqueles que mais precisam.
“Não só no Brasil, mas no mundo todo vem se observando essa tendência de envelhecimento da população nos últimos anos. Ela decorre tanto do aumento da expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde quanto pela questão da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo. Esse é um fenômeno mundial, não só no Brasil. Aqui demorou até mais que no resto do mundo para acontecer”, explica a gerente da PNAD Contínua, Maria Lúcia Vieira.
Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da federação, sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambas com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua vez, é o estado com menor percentual de idosos, com apenas 7,2% da população.
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