quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Traficantes chegam a faturar R$ 300 por dia com cada usuário de crack


Crack é barato, dá pouco ou nenhum lucro para o traficante e, por isso, não é visto como algo rentável pelos bandidos. A sequência de afirmações — transformadas em verdades sobre a droga — não resiste ao peso de um número: 300. É o valor, em reais, que o tráfico pode faturar, por dia, com um único usuário de crack. O vício leva uma pessoa a fumar até 30 pedras de 1 grama diariamente, o que faz da droga um negócio tão vantajoso para os bandidos quanto a cocaína.
A partir desta segunda-feira, o EXTRA mostra, na série “Os mitos do crack”, que essas e outras afirmações sobre o crack são derrubadas por especialistas e autoridades da área de segurança pública.


— O crack, hoje, certamente dá lucro para o tráfico. Entendo que é uma questão de mercado, uma estratégia. A cocaína, por exemplo, dá mais lucro, mas é mais cara para ser produzida. O preço do crack é mais baixo, mas é mais barato fazer, também — analisa o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
O uso ininterrupto do crack faz com que o vício fique caro. É daí que vem o ganho dos traficantes. Um usuário de cocaína consome, em média, dois papelotes de um grama de dia, segundo o pesquisador Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Segurança Pública da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e autor de trabalhos sobre a droga há mais de 20 anos.
O preço de cada grama de cocaína fica em torno de R$ 50 nas favelas do Rio — segundo a delegada Valéria Aragão, titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) — o que leva a um faturamento diário, para o tráfico, de R$ 100 por usuário. Menos do que os R$ 300 que um único viciado em crack pode render.
Para Valéria, o crack é tão lucrativo quanto a cocaína:
— O usuário do crack é o consumidor mais cativo que existe. Por ser barato, o dependente não para de usar.


— Quem usa o crack é compulsivo, capaz de ficar quatro dias ininterruptos usando a droga. No fim, fica caro porque tem esse efeito impulsivo. O barato sai caro. O tráfico diz que o crack é ouro. Os traficantes são comerciantes, e raciocinam dessa forma: a partir do momento em que há uma demanda, há lucratividade, eles investem — afirma Sapori.
Uma prova do interesse dos traficantes na venda do crack está no crescimento das apreensões das pedras. Enquanto as ocorrências com cocaína e maconha se mantêm estáveis, os números do crack subiram 620% nos últimos seis anos, segundo o Instituto de Segurança Pública. No mesmo período, as ligações para o Disque-Denúncia (2253-1177) sobre o tema cresceram 970%.
No início, venda por pressão de traficantes de São Paulo
Em 2003, a Polícia Civil fez a primeira grande apreensão de crack, ao encontrar 3kg das pedras no Complexo do Jacarezinho. Para a policial e ex-deputada federal Marina Maggessi, que participou da ação, a ideia de que o tráfico não gosta de vender a droga é coisa do passado:
— Antigamente, havia a mentalidade de que a venda do crack atrapalhava. Atualmente, não é assim. Tudo que tem uma grande demanda, como o crack, dá lucro.


A explosão da droga no Rio ocorreu em 2006. O delegado Marcus Vinícius Braga, que era titular da DCOD em 2007, explica que a maior facção criminosa do estado, preocupada com a perda de clientes e as apreensões da polícia, começou a vender o crack, cedendo à pressão dos bandidos paulistas:
— A facção mais antiga e violenta passou a aceitar isso. Depois, a segunda maior também passou a vender. Agora, todas as favelas dominadas por essas duas facções se sustentam com o crack.
A delegada Valéria Aragão afirma que todas as facções criminosas do Rio já comercializam o crack. A cocaína continua vindo de fora do Brasil (basicamente da Bolívia, Colômbia e Peru) e é transformada em crack em laboratórios clandestinos nas próprias favelas cariocas.

Se livrar do crack e se livrar do vício e se libertar financeiramente.





terça-feira, 24 de novembro de 2015

Aumenta uso do crack aliado à prostituição, afirma infectologista  Notícias sobre drogas e álcool - Site Antidrogas 

O uso do crack na adolescência está rendendo inúmeras discussões. Matéria divulgada na edição de ontem do Jornal da Cidade abordou o sofrimento que, principalmente, crianças e adolescentes vivem para conseguir deixar o vício. 

Muitas pedem a conselheiros tutelares de Bauru para serem internadas em clínicas. O que poucos sabem é que o uso da droga aliado ao vício gera outro problema na sociedade: a prostituição. E essa prática resulta muitas vezes na prática do sexo sem o uso de preservativos, o que pode levar à contração da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou seja, a aids.

Quando a doença, que é causada pelo vírus HIV, foi descoberta já em ascensão na década de 80, de acordo com o Ministério da Saúde, os pacientes soropositivos geralmente adquiriam a patologia através de, além da relação sexual sem o uso de preservativo, também por meio do uso de drogas injetáveis, muito “populares” na época.

A sociedade mudou e, segundo a médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, o uso do crack tem levado muitos adolescentes a “abrirem as portas” para a aids novamente. “Nós sabemos que muitas adolescentes que não possuem poder aquisitivo se prostituem para conseguir a droga”, afirmou Maristela.

Na tarde de ontem, esse foi um dos assuntos discutidos na quinta edição do encontro “Vivendo e Convivendo com HIV-Aids de Bauru”, realizado pela Sociedade de Apoio à Pessoa com Aids de Bauru (Sapab). Adolescentes participantes do grupo de teatro da entidade, que também atende crianças carentes das diversas comunidades, fizeram uma apresentação no evento realizado no auditório da Câmara Municipal.



Ela aponta que na instituição ainda não foi constatado nenhum caso de soropositivo que tenha adquirido o vírus por meio da prostituição, aliada ao consumo do crack. Entretanto, revela que muitas pacientes aparecem por lá com sífilis. “O que a gente percebe é que muitos aparecem por lá por conta da sífilis que adquiriram nas ruas. Mas o número de usuários de crack aliados à prostituição vêm aumentando” aponta.

A médica infectologista explica que, hoje, dificilmente se contrai aids em consequência do uso de drogas injetáveis. “Chegam muitos usuários de crack no centro. Dificilmente nós atendemos usuários de drogas injetáveis. O maior problema é que essa droga está em qualquer lugar e o usuário a encontra com facilidade”.

Álcool

Maristela ainda ressalta que o uso abusivo do álcool também é um agravante que facilita a transmissão do vírus HIV. “Muitas pessoas que fazem uso abusivo de álcool deixam de usar o preservativo na relação sexual. Geralmente porque acabam esquecendo devido ao grau de embriaguez e isso acaba facilitando a transmissão do vírus HIV”, ressaltou.

Base familiar

A médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, opina que uma boa base familiar evita muitos problemas aliados ao consumo do crack. “Uma criança ou adolescente que parte para o consumo do crack muitas vezes chega a esse ponto porque a família é desestruturada. Por isso, mais do que tratar dessas crianças é necessário trabalhar também com a base familiar”, opina.

Projetos sociais

O problema do uso do crack, para especialistas, entre eles médicos e psicólogos, é mais do que social e de saúde, é de condição de sobrevivência, como afirmaram na matéria veiculada na edição de ontem do JC que trata o assunto com profundidade. Para a médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, projetos sociais aliados ao recebimento do Bolsa Família, por exemplo, poderiam fazer com que essas crianças conhecessem mais o trabalho dessas entidades.

“Poderiam ter direito ao Bolsa Família aquelas crianças ou adolescentes que frequentassem corretamente os projetos sociais em que estariam inscritas. Assim elas poderiam deixar de ficar tanto nas ruas e conheceriam mais de perto o trabalho dessas entidades”.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

TERROR DO TRÁFICO
Muito tem se falado do Estado Islâmico e seus atentados a Europa, entendemos que o terror está em gerar medo a sociedade, retirando destes, o direito de ir e vir, ou seja, A PAZ.
Quando assistimos os noticiários imaginamos que esta realidade aterrorizante está longe de nós, e nos esquecemos de que o tráfico de drogas também é uma forma de terrorismo e que por sinal mata-se muito mais que qualquer atentado terrorista.

O tráfico também apadrinha soldados através da dicção que para manter seu vício muitos partem para assaltos, prostituição, homicídios e inúmeros outros crimes, resultando na destruição de famílias e no aprisionamento da sociedade com seus muros, grades, cercas elétricas e carros blindados. 


Muito pouco se é dito, mas o principal cultivador mundial de papoula que se extrai o ópio que derivam a morfina e a heroína é a al qaeda, então podemos entender que o terror e o tráfico têm sua origem ideológica e de abastecimento na mesma fonte. 
Portanto achamos exatamente violenta a ações contra a França, mas esquecemos que a ideologia do tráfico está presente em nossa sociedade que aprisiona, mata, vicia e entorpece nossos filhos, irmãos, entes queridos e o exterminam. Portanto a nossa luta deve começar dentro da nossa família, da nossa comunidade, cidade e Estado.

O IBTA é a favor da liberdade ideológica e seu tratamento visa a saúda social e do indivíduo, estamos juntos nesta luta contra o Terrorismo!
Terapeuta e Mestre em
Medicina Chinesa
Dr. Rogério Souza

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Planta é nova esperança de ajuda a dependente químico

Original da África, iboga é eficaz em 72% dos casos contra vício de cocaína e crack



O DIA
Rio - Uma planta africana promete revolucionar o tratamento de dependentes químicos. Pesquisa inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que a substância ibogaína, retirada do vegetal iboga, interrompe o vício em cocaína, álcool e até crack em 72% dos casos.

A raiz da planta atua no cérebro e interrompe a fissura pela droga. Segundo o especialista em Clínica Médica, Bruno Chaves, um dos idealizadores da pesquisa, a ibogaína reequilibra neurotransmissores como a dopamina. “Isso normaliza o estado de humor e interrompe a vontade pela substância química,” cita. 
Além disso, a planta aumenta a quantidade do hormônio GDNF, que promove as conexões entre os neurônios e, assim, repara um dos principais danos das drogas.

O estudo, feito pelo Departamento de Psiquiatria da Unifesp, acompanhou 75 pacientes de 2005 a 2013. O medicamento, em forma de cápsula, também proporciona uma espécie de ‘revivência’ de diferentes momentos da vida do paciente durante as horas em que ele está sob efeito da ibogaína. Pelo menos 90% dos voluntários do estudo relataram a experiência. “É uma expansão da consciência, onde o paciente percebe melhor seu papel no mundo e as consequências da suas atitudes”.

O tratamento com a nova droga dura de um a dois dias, mas antes o paciente deve passar por exames físicos e psicológicos. A pessoa deve ficar internada durante o uso da cápsula. “O remédio é forte mas nunca tivemos qualquer reação grave,” garante o médico.

A maioria dos pacientes do estudo voltou a estudar e trabalhar. Apesar do resultado ser mais rápido se comparado a tratamentos convencionais, depois de tomar a medicação, os dependentes devem passar por auxílio psicoterapêutico, para se manterem ‘limpos’. “Se continuar com os mesmos hábitos pode voltar a se drogar, mesmo sem ter a fissura de antes,” explica.

Tratamento usado em vários países


A planta, encontrada na África Central, já é usada para tratar dependentes em países como Nova Zelândia, Canadá, México e Inglaterra. No Brasil, o fármaco é importado legalmente do Canadá, no nome do paciente e com receita médica. Não há restrições ao uso da planta, mas a medicação ainda não foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O tratamento só é oferecido no Instituto Hermelino Agnes de Leão, em Ourinhos (São Paulo). No prazo de cinco a dez anos, o remédio será oferecido de forma ampla no país.

CRACK OU CRAQUE – SOMOS CAMPEÕES E RECORDISTA DE QUAL DESSES?

Somos considerados o país do futebol, acabamos de ganhar a Copa América e somos também reconhecidos por exportarmos craques para todos o...