segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Tratamento anti-drogas feito com substância natural tem eficiência comprovada pela Unifesp

O método contra drogas feito com Ibogaína recuperou 72% dos pacientes, releva estudo
São Paulo, dezembro de 2015 – Encontrada na raiz da planta africana Iboga, a substância Ibogaína teve sua eficácia comprovada no combate a dependência química através de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O grupo de pesquisadores estudou um universo de 75 pacientes com dependência química. O resultado? Depois de um ano de acompanhamento, 72% dos voluntários perseveraram e mantiveram distância das drogas.
 O estudo foi publicado pela renomada revista britânica “Journal of Psychopharmacology”, veículo que divulga importantes descobertas da psicofarmacologia na Inglaterra e no mundo. Dentre os entorpecentes envolvidos na pesquisa estão a cocaína, o crack e o álcool. O líder da equipe que investigou os efeitos da Ibogaína nos dependentes químicos, Dartiu Xavier da Silveira afirmou que do total de participantes, 55% dos homens e 100% das mulheres conseguiram superar a dependência e não entraram em contato com a droga motivo do vício por, pelo menos, um ano.
 O uso excessivo de entorpecentes é tema recorrente em todo o Brasil. A dependência devastadora da droga pode levar a atitudes extremas do dependente para conseguir pelo menos uma “dose”. Dentre esses atos, viciados vendem objetos de valor de dentro de casa e acabam, inclusive, se prostituindo para continuar consumindo a droga. A prostituição para alimentar o vício foi tema de uma recente novela intitulada “Verdades Secretas”, exibida na faixa das 23h na Rede Globo e levantou ainda mais a bandeira deste tipo de doença.
O diretor do Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas, IBTA, mestre em medicina chinesa e naturopata Rogério Souza trabalha com o tratamento da Ibogaína e confirma a eficiência da intervenção: “Em nossa clínica o tratamento acontece durante cinco dias. O paciente não fica internado, somente passa pela clínica durante o horário dos atendimentos, por volta de 2 a 3 horas por dia. Durante a permanência na clínica, o enfermo recebe terapias auxiliares diversas, pois entendemos que é de vital importância cuidar do emocional para descobrir o porquê ele iniciou nas drogas/álcool, como também o que o leva a permanecer no uso.”
Ministrada por via oral, em cápsulas, a Ibogaína é metabolizada no fígado onde ativa a enzima chamada GDNF (enzima responsável pelas reconexões neurológicas). Ela age também no aumento da dopamina e serotonina que é o hormônio neurotransmissor do prazer.
Com uma sequência de casos de sucesso e até mesmo de cura através da Ibogaína, a esperança de recuperar os dependentes através de uma terapia eficaz se torna a alternativa mais procurada pelos familiares e os chamados co-dependentes, aqueles que são impactados indiretamente pela dependência.
IBTA possui estrutura completa e acesso a Ibogaína medicinal de alta qualidade somatizado com seu corpo clínico constituído por médico, psicólogos, terapeutas e especialistas em Iboga que administram o medicamento da melhor forma de cura para dependência Química.

FONTE: http://cartaodevisita.r7.com/conteudo/12700/tratamento-anti-drogas-feito-com-substancia-natural-tem-eficiencia-comprovada-pela-unifesp

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Traficantes chegam a faturar R$ 300 por dia com cada usuário de crack


Crack é barato, dá pouco ou nenhum lucro para o traficante e, por isso, não é visto como algo rentável pelos bandidos. A sequência de afirmações — transformadas em verdades sobre a droga — não resiste ao peso de um número: 300. É o valor, em reais, que o tráfico pode faturar, por dia, com um único usuário de crack. O vício leva uma pessoa a fumar até 30 pedras de 1 grama diariamente, o que faz da droga um negócio tão vantajoso para os bandidos quanto a cocaína.
A partir desta segunda-feira, o EXTRA mostra, na série “Os mitos do crack”, que essas e outras afirmações sobre o crack são derrubadas por especialistas e autoridades da área de segurança pública.


— O crack, hoje, certamente dá lucro para o tráfico. Entendo que é uma questão de mercado, uma estratégia. A cocaína, por exemplo, dá mais lucro, mas é mais cara para ser produzida. O preço do crack é mais baixo, mas é mais barato fazer, também — analisa o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
O uso ininterrupto do crack faz com que o vício fique caro. É daí que vem o ganho dos traficantes. Um usuário de cocaína consome, em média, dois papelotes de um grama de dia, segundo o pesquisador Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Segurança Pública da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e autor de trabalhos sobre a droga há mais de 20 anos.
O preço de cada grama de cocaína fica em torno de R$ 50 nas favelas do Rio — segundo a delegada Valéria Aragão, titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) — o que leva a um faturamento diário, para o tráfico, de R$ 100 por usuário. Menos do que os R$ 300 que um único viciado em crack pode render.
Para Valéria, o crack é tão lucrativo quanto a cocaína:
— O usuário do crack é o consumidor mais cativo que existe. Por ser barato, o dependente não para de usar.


— Quem usa o crack é compulsivo, capaz de ficar quatro dias ininterruptos usando a droga. No fim, fica caro porque tem esse efeito impulsivo. O barato sai caro. O tráfico diz que o crack é ouro. Os traficantes são comerciantes, e raciocinam dessa forma: a partir do momento em que há uma demanda, há lucratividade, eles investem — afirma Sapori.
Uma prova do interesse dos traficantes na venda do crack está no crescimento das apreensões das pedras. Enquanto as ocorrências com cocaína e maconha se mantêm estáveis, os números do crack subiram 620% nos últimos seis anos, segundo o Instituto de Segurança Pública. No mesmo período, as ligações para o Disque-Denúncia (2253-1177) sobre o tema cresceram 970%.
No início, venda por pressão de traficantes de São Paulo
Em 2003, a Polícia Civil fez a primeira grande apreensão de crack, ao encontrar 3kg das pedras no Complexo do Jacarezinho. Para a policial e ex-deputada federal Marina Maggessi, que participou da ação, a ideia de que o tráfico não gosta de vender a droga é coisa do passado:
— Antigamente, havia a mentalidade de que a venda do crack atrapalhava. Atualmente, não é assim. Tudo que tem uma grande demanda, como o crack, dá lucro.


A explosão da droga no Rio ocorreu em 2006. O delegado Marcus Vinícius Braga, que era titular da DCOD em 2007, explica que a maior facção criminosa do estado, preocupada com a perda de clientes e as apreensões da polícia, começou a vender o crack, cedendo à pressão dos bandidos paulistas:
— A facção mais antiga e violenta passou a aceitar isso. Depois, a segunda maior também passou a vender. Agora, todas as favelas dominadas por essas duas facções se sustentam com o crack.
A delegada Valéria Aragão afirma que todas as facções criminosas do Rio já comercializam o crack. A cocaína continua vindo de fora do Brasil (basicamente da Bolívia, Colômbia e Peru) e é transformada em crack em laboratórios clandestinos nas próprias favelas cariocas.

Se livrar do crack e se livrar do vício e se libertar financeiramente.





terça-feira, 24 de novembro de 2015

Aumenta uso do crack aliado à prostituição, afirma infectologista  Notícias sobre drogas e álcool - Site Antidrogas 

O uso do crack na adolescência está rendendo inúmeras discussões. Matéria divulgada na edição de ontem do Jornal da Cidade abordou o sofrimento que, principalmente, crianças e adolescentes vivem para conseguir deixar o vício. 

Muitas pedem a conselheiros tutelares de Bauru para serem internadas em clínicas. O que poucos sabem é que o uso da droga aliado ao vício gera outro problema na sociedade: a prostituição. E essa prática resulta muitas vezes na prática do sexo sem o uso de preservativos, o que pode levar à contração da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou seja, a aids.

Quando a doença, que é causada pelo vírus HIV, foi descoberta já em ascensão na década de 80, de acordo com o Ministério da Saúde, os pacientes soropositivos geralmente adquiriam a patologia através de, além da relação sexual sem o uso de preservativo, também por meio do uso de drogas injetáveis, muito “populares” na época.

A sociedade mudou e, segundo a médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, o uso do crack tem levado muitos adolescentes a “abrirem as portas” para a aids novamente. “Nós sabemos que muitas adolescentes que não possuem poder aquisitivo se prostituem para conseguir a droga”, afirmou Maristela.

Na tarde de ontem, esse foi um dos assuntos discutidos na quinta edição do encontro “Vivendo e Convivendo com HIV-Aids de Bauru”, realizado pela Sociedade de Apoio à Pessoa com Aids de Bauru (Sapab). Adolescentes participantes do grupo de teatro da entidade, que também atende crianças carentes das diversas comunidades, fizeram uma apresentação no evento realizado no auditório da Câmara Municipal.



Ela aponta que na instituição ainda não foi constatado nenhum caso de soropositivo que tenha adquirido o vírus por meio da prostituição, aliada ao consumo do crack. Entretanto, revela que muitas pacientes aparecem por lá com sífilis. “O que a gente percebe é que muitos aparecem por lá por conta da sífilis que adquiriram nas ruas. Mas o número de usuários de crack aliados à prostituição vêm aumentando” aponta.

A médica infectologista explica que, hoje, dificilmente se contrai aids em consequência do uso de drogas injetáveis. “Chegam muitos usuários de crack no centro. Dificilmente nós atendemos usuários de drogas injetáveis. O maior problema é que essa droga está em qualquer lugar e o usuário a encontra com facilidade”.

Álcool

Maristela ainda ressalta que o uso abusivo do álcool também é um agravante que facilita a transmissão do vírus HIV. “Muitas pessoas que fazem uso abusivo de álcool deixam de usar o preservativo na relação sexual. Geralmente porque acabam esquecendo devido ao grau de embriaguez e isso acaba facilitando a transmissão do vírus HIV”, ressaltou.

Base familiar

A médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, opina que uma boa base familiar evita muitos problemas aliados ao consumo do crack. “Uma criança ou adolescente que parte para o consumo do crack muitas vezes chega a esse ponto porque a família é desestruturada. Por isso, mais do que tratar dessas crianças é necessário trabalhar também com a base familiar”, opina.

Projetos sociais

O problema do uso do crack, para especialistas, entre eles médicos e psicólogos, é mais do que social e de saúde, é de condição de sobrevivência, como afirmaram na matéria veiculada na edição de ontem do JC que trata o assunto com profundidade. Para a médica infectologista Maristela Pastore, que também é chefe do Centro de Referência de Moléstias Infecciosas de Bauru, projetos sociais aliados ao recebimento do Bolsa Família, por exemplo, poderiam fazer com que essas crianças conhecessem mais o trabalho dessas entidades.

“Poderiam ter direito ao Bolsa Família aquelas crianças ou adolescentes que frequentassem corretamente os projetos sociais em que estariam inscritas. Assim elas poderiam deixar de ficar tanto nas ruas e conheceriam mais de perto o trabalho dessas entidades”.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

TERROR DO TRÁFICO
Muito tem se falado do Estado Islâmico e seus atentados a Europa, entendemos que o terror está em gerar medo a sociedade, retirando destes, o direito de ir e vir, ou seja, A PAZ.
Quando assistimos os noticiários imaginamos que esta realidade aterrorizante está longe de nós, e nos esquecemos de que o tráfico de drogas também é uma forma de terrorismo e que por sinal mata-se muito mais que qualquer atentado terrorista.

O tráfico também apadrinha soldados através da dicção que para manter seu vício muitos partem para assaltos, prostituição, homicídios e inúmeros outros crimes, resultando na destruição de famílias e no aprisionamento da sociedade com seus muros, grades, cercas elétricas e carros blindados. 


Muito pouco se é dito, mas o principal cultivador mundial de papoula que se extrai o ópio que derivam a morfina e a heroína é a al qaeda, então podemos entender que o terror e o tráfico têm sua origem ideológica e de abastecimento na mesma fonte. 
Portanto achamos exatamente violenta a ações contra a França, mas esquecemos que a ideologia do tráfico está presente em nossa sociedade que aprisiona, mata, vicia e entorpece nossos filhos, irmãos, entes queridos e o exterminam. Portanto a nossa luta deve começar dentro da nossa família, da nossa comunidade, cidade e Estado.

O IBTA é a favor da liberdade ideológica e seu tratamento visa a saúda social e do indivíduo, estamos juntos nesta luta contra o Terrorismo!
Terapeuta e Mestre em
Medicina Chinesa
Dr. Rogério Souza

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Planta é nova esperança de ajuda a dependente químico

Original da África, iboga é eficaz em 72% dos casos contra vício de cocaína e crack



O DIA
Rio - Uma planta africana promete revolucionar o tratamento de dependentes químicos. Pesquisa inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que a substância ibogaína, retirada do vegetal iboga, interrompe o vício em cocaína, álcool e até crack em 72% dos casos.

A raiz da planta atua no cérebro e interrompe a fissura pela droga. Segundo o especialista em Clínica Médica, Bruno Chaves, um dos idealizadores da pesquisa, a ibogaína reequilibra neurotransmissores como a dopamina. “Isso normaliza o estado de humor e interrompe a vontade pela substância química,” cita. 
Além disso, a planta aumenta a quantidade do hormônio GDNF, que promove as conexões entre os neurônios e, assim, repara um dos principais danos das drogas.

O estudo, feito pelo Departamento de Psiquiatria da Unifesp, acompanhou 75 pacientes de 2005 a 2013. O medicamento, em forma de cápsula, também proporciona uma espécie de ‘revivência’ de diferentes momentos da vida do paciente durante as horas em que ele está sob efeito da ibogaína. Pelo menos 90% dos voluntários do estudo relataram a experiência. “É uma expansão da consciência, onde o paciente percebe melhor seu papel no mundo e as consequências da suas atitudes”.

O tratamento com a nova droga dura de um a dois dias, mas antes o paciente deve passar por exames físicos e psicológicos. A pessoa deve ficar internada durante o uso da cápsula. “O remédio é forte mas nunca tivemos qualquer reação grave,” garante o médico.

A maioria dos pacientes do estudo voltou a estudar e trabalhar. Apesar do resultado ser mais rápido se comparado a tratamentos convencionais, depois de tomar a medicação, os dependentes devem passar por auxílio psicoterapêutico, para se manterem ‘limpos’. “Se continuar com os mesmos hábitos pode voltar a se drogar, mesmo sem ter a fissura de antes,” explica.

Tratamento usado em vários países


A planta, encontrada na África Central, já é usada para tratar dependentes em países como Nova Zelândia, Canadá, México e Inglaterra. No Brasil, o fármaco é importado legalmente do Canadá, no nome do paciente e com receita médica. Não há restrições ao uso da planta, mas a medicação ainda não foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O tratamento só é oferecido no Instituto Hermelino Agnes de Leão, em Ourinhos (São Paulo). No prazo de cinco a dez anos, o remédio será oferecido de forma ampla no país.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Clínica em Paulínia recupera 70% de usuários de drogas com raiz africana


Clínica em Paulínia recupera 70% de usuários de drogas com raiz africana (Ibogaina, Iboga, Raiz Africana)07/06/2015 10h10 - Atualizado em 07/06/2015 19h05

De acordo com especialistas, ibogaína dá ao viciado a chance de escolha.

Fitoterápico é importado e já tratou pouco mais de mil pessoas na região.

Um autônomo de 30 anos, que pediu para não ser identificado, passou cinco meses preso no CDP de Belém, em São Paulo, por tráfico de drogas, apesar de alegar inocência. Usuário dos mais diversos tipos de substâncias por uma década, de cocaína a gás de buzina, estava com 20 pedras de crack quando a polícia atendeu chamado de uma vizinha por conta de uma “fissura barulhenta”. “Passei o Natal em ‘cana’. Vi minha filha andar durante uma visita”, conta.
Ele é um dos pouco mais de mil dependentes químicos que procuram um instituto em Paulíniapara tomar uma medicamento feito com a raiz do arbusto Tabernanthe iboga, originário da África Central, do qual é extraído o alcaloide ibogaína.
Em 10 anos de atendimento, de acordo com os administradores, 70% dos pacientes se livraram do vício em álcool, crack, cocaína ou outras drogas. A substância não é proibida no Brasil, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), apesar de a manipulação não ser regulamentada.


Tirar a fissura

De acordo com Rogério Moreira de Souza, naturopata, mestre em medicina chinesa e administrador do IBTA de Paulínia, a raiz faz a parte mais difícil de um tratamento de reabilitação: tira a fissura do adicto pela substância. “Ela estimula o cérebro a produzir dopamina e serotonina, hormônios associados ao prazer. Na verdade, a ibogaína reensina o cérebro a produzir esses hormônios, não aciona fissura e a parte patológica de ter escolha é retomada”, explica Souza.



Rogério Moreira de Souza, naturopata e responsável pelo IBTA 

A raiz não é alucinógena e não causa dependência, diz o naturopata. A substância é usada em países como Canadá, México e Holanda não somente para ajudar no tratamento de adictos, mas também para aplacar distúrbios de ansiedade. É proibida em países como a Suécia, Dinamarca, Bélgica e nos Estados Unidos.



Segundo a Anvisa, a importação, desde que para uso pessoal e amparada pela prescrição de um médico, é legalizada. Assim como o uso da raiz em infusão na água quente, "por não se tratar de uma substância proibida", diz nota do órgão.

Reseta o cérebro


Histórias semelhantes são comuns no centro de tratamento, que não recebe pacientes indispostos a largar do vício. "Ninguém fica recluso aqui, a pessoa tem de querer sair desta vida. Eles se hospedam em hotéis ou casas de parentes", explica Souza. Ali, homens e mulheres relatam "sonhos acordados", tremedeira e sonolência após a administração das doses, feita de segunda a sexta. "A ibogaína reseta o cérebro. Mas fazemos um trabalho psicológico pós-tratamento, pedindo para que a pessoas evitem os hábitos que podem levar de volta à adicção", conta Souza.
O tratamento em Paulínia custa entre R$ 7,5 mil a R$ 8,5 mil, "dependendo da forma de pagamento". "Vou retomar meu negócios de vender carros. Vem um monte de coisa na cabeça, e quero esquecer das coisas erradas e partir para uma vida nova", planeja um engenheiro de 53 anos, que busca se livrar do alcoolismo com o tratamento.


'Barato' levou à descoberta


Em 1962, o americano Howard Lotsof, então com 19 anos e viciado em heroína, comprou a raiz de um traficante em busca de uma viagem ainda mais psicodélica. Acabou perdendo o interesse pelas drogas e, ao constatar o mesmo efeito nos amigos, patenteou na Holanda o uso da substância em tratamentos. A ibogaína altera os batimentos cardíacos, o que restringe o uso para pacientes com este tipo de problema. "Pesquisas mostram que a iboga tem um estímulo elétrico parecido com a fase REM [quando ocorrem os sonhos mais vívidos] do sono, mas acordado", explica Souza.
A raiz da salvação
A eficácia do medicamento animou também a ciência. No entanto, o argumento muda. A raiz é, sim, alucinógena, diz o coordenador da primeira pesquisa com base científica feita com a ibogaína no Brasil, o médico psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Mas ele reconhece que o percentual de sucesso é realmente impressionante.
“Acompanhamos um grupo de 75 pessoas que passaram pelo tratamento com ibogaína. Destes, 51% largaram a droga de dependência, os melhores [tratamentos] têm 35%. Esse resultado foi bastante animador como preliminar. Mas vamos propor uma continuidade”, projeta Silveira que, com 35 anos de experiência no tratamento de dependentes, não costuma se impressionar com qualquer coisa.

Sobre o fato de algumas pessoas estarem se valendo do chá da raiz em tratamento com dependentes, e não da cápsula, Silveira faz uma ressalva. “Acho delicado: quando está lidando com um chá, não sabe a proporção dos componente, não controla dose. É contra-indicada para pacientes com problemas cardíacos”, alerta. Além disso, é desancoselhado o uso em pacientes com transtorno mental como a esquizofrenia.


"Papa da iboga"


Anwar Jeewa, considerado o papa da ibogaína exibe a raiz in natura, usada para infusão em água quente.
Anwar Jeewa, 53 anos, é um médico indiano radicado na África do Sul e considerado o “papa da iboga” por semear o conhecimento sobre a raiz. Jeewa, que há 16 anos se livrou de drogas como heroína e crack sem o uso da raiz, avisa: a ibogaína é a maneira mais fácil para interromper todo tipo de adicção.

Mas ele, fumante, diz que a raiz não se trata de uma cura para os dependentes químicos. “Muitas pessoas não deixam de usar o tabaco por que não querem. Mas se você tiver a consciência de querer largar o vício, a ibogaína te ajuda. Não é minha intenção largar o cigarro. Ibogaína não é cura, mas sim o primeiro passo de um tratamento”, vaticina o papa entre um cigarro e outro.
Jeewa não aceita o argumento de que a raiz é alucinógena, mas sim indutora de sonhos. “Você sonha por cinco minutos, no máximo, por noite. Ao tomar a iboga, você consegue sonhar 12 horas. Foi provado em pesquisas 'escaneando' o cérebro de pacientes, que este sonho renova a mente”, explica Jeewa.
Para o pesquisador da Unifesp, o Brasil poderia tomar medidas para colocar a ibogaína em circulação no mercado. “Precisa que se diminua este tipo de preconceito de trabalhar com substâncias alucinógenas. Qual o problema de se tratar uma criança com um remédio derivado da maconha? A discussão é muito acalorada. Para uso terapêutico, nos países de primeiro mundo, é banal [a pesquisa com alucinógenos]. Aqui fica com briga burocrática, coisa de idade média”, lamenta.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Ibogaína o que é, história, química, efeitos e uso medicinal.

O que é a ibogaína?


 A ibogaína é um alcalóide indólico psicoativo derivado do caule da raiz de uma planta africana, a Tabernanthe iboga. Na África a raiz da planta é conhecida coloquialmente como “iboga” ou “eboka”. Contém aproximadamente 12 alcalóides diferentes, dos quais a ibogaína é apenas um. Outros, tais como a tabernatina ou a ibogamina, aparentam também ser psicoativos. Nos últimos anos tem-se notado cada vez mais a capacidade da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas e do álcool. Estudos científicos e relatórios variados sugerem que uma única administração de ibogaína remove os sintomas da abstinência de substâncias e reduz o desejo de uso durante algum tempo após a sua administração. Para além disso, acredita-se grandemente que as propriedades psicoativas da ibogaína (em doses altas pode induzir um estado sonhador durante algumas horas) ajudam os toxicodependentes a compreenderem e reverterem o seu comportamento em relação ao uso de substâncias.

História


Um alcalóide indólico ligeiramente psicoativo derivado de uma planta africana - a droga em forma de planta - é usado por grupos indígenas há milénios. Os índios Bwiti, um grupo religioso da África Central, usam o caule da raiz da planta Tabernanthe iboga para uma variedade de propósitos sociais e religiosos, sobretudo como componente central do seu ritual de iniciação – uma intricada cerimónia de “renascimento” que dura 3 dias. Para se tornar membro do grupo é necessário completar esta cerimónia. Ambos os sexos são iniciados tipicamente entre os oito e os dezoito anos.
 A descoberta de que a ibogaína pode tratar a dependência de substâncias é normalmente atribuída a Howard S. Lotsof – um ex-toxicodependente que vive em Nova Iorque e experimentou ibogaína pela primeira vez em 1962. Lotsof experimentou a ibogaína crendo que era uma nova droga recreativa, mas 30 horas depois apercebeu-se subitamente de que não sentia falta da heroína, nem tinha vontade de a procurar. A experimentação casual subsequente por amigos toxicodependentes revelou que este efeito era comum a outros utilizadores.

Química 



Entre os cerca de uma dúzia de alcalóides indólicos complexos derivados da triptamina e encontrados na Tabernanthe iboga (da família das Apocynacea), a ibogaína é a sua substância alucinógena mais importante, e o principal composto psicadélico originário do continente africano. A extração dos alcalóides do caule da raiz resulta em puro hidrocloreto de ibogaína. A ibogaína, cuja denominação química é 12-metoxibogamina, é um inibidor da colinaesterase, uma enzima estimulante que afecta o sistema nervoso central. A molécula mostra a estrutura nuclear com dois anéis indólicos, comum à maioria das substâncias alucinógenas.

Efeitos


Em pequenas doses, assim como as folhas de coca na América do Sul, a iboga é ingerida pelos índios Bwiti para permanecerem acordados e alerta durante as grandes caçadas e viagens de canoa, as quais podem durar dois ou mais dias. Diz-se também possuir propriedades afrodisíacas. (Os frutos laranja-amarelados da T. iboga, do tamanho de azeitonas, são por vezes usados para tratar problemas de esterilidade nas mulheres).

Em quantidades maiores, a ibogaína é alucinógena. Causa náuseas e vómitos, à semelhança do peiote. A este nível, o utilizador entra num estado de transe intenso e profundo, onde o movimento fisíco é impossível. O transe é muito visual, e normalmente manifesta-se como uma longa viagem.

A este nível a ação da ibogaína divide-se em três partes. A primeira é um período de quatro a seis horas semelhante ao sonho, durante o qual se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados com acontecimentos passados. A segunda é um período intelectual ou cognitivo, no qual essas experiências são avaliadas, e a terceira é um período de estimulo residual que eventualmente resultará em sono. É após o utilizador acordar que nota a falta de desejo de tomar ou procurar as drogas das quais estava dependente. Todavia, deve notar-se que as respostas à ibogaína são bastante variáveis, de acordo com as características individuais do utilizador.

As visões da ibogaína contêm invariavelmente muitos detalhes pessoais. Um artifício simbólico que parece ser frequentemente usado pela ibogaína é a dissimuação de problemas pessoais do tipo mundial, geralmente enredos políticos ou ecológicos que aparentam ameaçar o planeta.

Uso medicinal


Estudos sugerem que a ibogaína tem um potencial considerável no tratamento da dependência de heroína, cocaína, base-livre de cocaína (crack), metadona, e álcool. Existe também a indicação de que pode ser útil no tratamento da dependência do tabaco. Foi ainda sugerido que a droga pode ter um potencial considerável no campo da psicoterapia, sobretudo no tratamento dos efeitos do trauma e do condicionamento.

Uma única administração de ibogaína tem três efeitos típicos úteis ao tratamento da toxicodependência. Primeiro, causa uma enorme redução dos sintomas do síndrome de abstinência, permitindo uma desintoxicação relativamente indolor. Segundo, o desejo de usar a droga decresce notavelmente durante algum tempo após o consumo da ibogaína, geralmente uma semana a vários meses. Isto foi confirmado por estudos científicos. Finalmente, a natureza psicoativa da ibogaína parece ajudar muitos toxicodependentes a compreenderem e reverterem os problemas por trás da dependência.

A ibogaína pode administrar-se facilmente em forma de cápsula, e não causa dependência. A dose para uso terapêutico é geralmente cerca de 5 a 8 microgramas por cada quilograma de peso corporal da pessoa. É geralmente aplicada num só tratamento feito num ambiente clínico com monotorização médica apropriada e avançada, no qual aparenta ser segura. Enquanto que sem dúvida acontece que alguns indivíduos cessam permanentemente o uso das drogas após uma só dose de ibogaína, para muitos o tratamento deve ser considerado apenas como o componente inicial num programa completo de reabilitação.

Embora aprovada para testes clínicos (em seres humanos) para o tratamento da toxicodependência nos EUA nos princípios dos anos 90, problemas no apoio financeiro e outras questões atrasaram tanto o desenvolvimento da pesquisa da ibogaína que, até princípios de 2005, esta mantém-se não disponível para a maioria dos toxicodependentes no mundo inteiro.

Uso


Para a primeira experiência (para efeitos estimulantes, não psicadélicos) a dose média são duas a três colheres de chá para mulheres, e três a cinco para homens.

Tradicionalmente, o caule da raiz é raspado e secado até se transformar num pó de cor castanha-amarelada. Por vezes mistura-se com água e bebe-se, mas diz-se que a raiz é mais forte quando fresca. Normalmente não se mistura, embora alguns grupos a usem com marijuana (chamada "yama" ou "nkot alok").

Avisos


Em níveis excessivos a ibogaína causa convulsões, paralisia, e morte por paragem respiratória. Os níveis tóxicos estão relacionados com o peso corporal.

Quem está a considerar tomar ibogaína para o desenvolvimento pessoal e ainda não experimentou terapia, é importante saber que o uso da droga pode parecer atrativo simplesmente porque representa um tratamento que evita o processo psicoterapêutico formal. Se este é o caso, há o risco da ibogaína piorar os sintomas. Quando existem muitas sensações reprimidas, e para muitas pessoas de cultura ocidental isto acontecerá inevitavelmente, o uso das drogas psicadélicas pode invocar reações perigosas como mecanismo de defesa contra o aparecimento de sentimentos dolorosos. Isto pode resultar em crenças ilusórias ou neuróticas que persistem muito após a sessão terminar.

Também é importante saber que o uso exclusivo da ibogaína será provavelmente insuficiente para causar uma transformação pessoal profunda. A ibogaína dá às pessoas uma percepção mental de aspetos reprimidos pela psique, mas sem ligação emocional significativa.

Maiores informações sobre como fazer um tratamento seguro com Ibogaina: (19) 3844-8316




Ex paciente do IBTA (Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas) escreve livro que ajuda usuário de drogas a entenderem e lutar com consciência contra este vício destruidor.


Tô a fim de parar é um livro fascinante e com certeza você que já teve qualquer problema com drogas vai se identificar e consequentemente ele aborda o tema de forma direta e realista.


Do seu envolvimento com droga até o tratamento libertador leia uma prévia.

"Fui batizado como Felipe de Oliveira, e ao longo dos anos recebi muito apelidos devido a vivência nas Ruas, o mais usual é derivado de Felipe com cocaína. Por aí você já deve imaginar qual foi meu maior problema.
A questão é que o nome é indiferente , poir quando eu era viciado nesta merda, perdi minha identidade, perdi meu poder de escolha, perdi minha felicidade, sem contar empregos e dinheiro. E digo merda mesmo, pois tanto faz se é droga, álcool, time de futebol, jogo, sexo, etc. Tudo me levou para o buraco e vou te contar, eu tinha o pacote completo."

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Novo blog

Brasileiros Estão Recorrendo à Ibogaína Para se Livrar das Drogas



Em 1962, um molecote norte-americano do Bronx descobriu acidentalmente os efeitos de uma misteriosa planta africana. Viciado em heroína, Howard Lotsof tinha apenas 19 anos. Depois de ingerir a tal planta e passar por uma longa viagem psicodélica de sete horas, ele notou que sua vontade de chafurdar nas drogas havia sumido consideravelmente. Irresponsável ou não, o sujeito não pensou duas vezes e administrou doses similares para os seus amigos também viciados. Mais uma vez, funcionou.


De lá pra cá, especialistas do mundo todo têm feito o mesmo. Estudos recentes demonstram a eficácia no uso da "Tabernanthe iboga", mais conhecida como ibogaína, para o tratamento do vício em drogas como heroína, crack, cocaína, maconha e até mesmo depressão, além de T.O.C. e outros vícios, como jogos de azar.

No Brasil, pesquisadores da Unifesp testaram a planta em 75 pacientes: no final do processo – que levou um ano –, 72% estavam longe dos entorpecentes. Considerando os tratamentos convencionais, estamos falando de algo extremamente relevante.

CRACK OU CRAQUE – SOMOS CAMPEÕES E RECORDISTA DE QUAL DESSES?

Somos considerados o país do futebol, acabamos de ganhar a Copa América e somos também reconhecidos por exportarmos craques para todos o...